quinta-feira, maio 04, 2006

RAIO-X RAIO-X RAIO-X RAIO-X RAIO-X


► Quem tiver curiosidade em saber onde o Governo Federal aplica o dinheiro dos impostos, contribuições e taxas, basta acessar o site Contas Abertas (www.contasabertas.uol.com.br) e verá, por exemplo, que o Governo Lula torrou R$ 16,1 milhões no “passeio” do astronauta Marcos Pontes, recursos desviados de programas importantes para o País, como o desenvolvimento de satélites e tecnologia espacial. Ou que a compra de sementes e plantas para os jardins de palácios custa mais de R$ 10 milhões por ano, ou ainda, que foram gastos cerca de R$ 75 mil na compra de toalhas e forros de linho para o Palácio do Planalto.
► Os custos com os serviços de copa e cozinha do Executivo, Legislativo e Judiciário também são elevados. Em 2005, atingiram R$ 61 milhões, correspondente a quase o dobro do que foi gasto no mesmo período com o programa de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. De janeiro a abril deste ano, já saiu dos cofres públicos um total de R$ 11 milhões para garantir o cafezinho dos nossos governantes.
► O gasto de copa e cozinha de 2001 até agora é de R$ 220 milhões. O Ministério da Saúde lidera as despesas nessa rubrica com R$ 1,6 milhão. Em 2005, o MS também esteve à frente dos demais órgãos, com valores registrados em R$ 14 milhões. Os gastos de R$ 8,3 milhões no Ministério da Defesa, que engloba Exército, Aeronáutica e Marinha, estão em segundo lugar na lista dos órgãos que mais gastaram com esse item em 2005.
► No fim de semana, uma brasileira que reside e trabalha, lealmente, na Flórida, ligou para a sua família, que mora em Duque de Caxias, para saber das novidades políticas e ficou assustada com o comportamento apático da opinião pública, que não reagiu quando a deputada do PT dançou em plena Câmara, comemorando a absolvição de um colega envolvido no mensalão. Nos EE. UU. por muito menos do que isso, um presidente teve que renunciar para escapar da humilhação de ver o Congresso votar o seu “impeachment” (Nixon) e outro (Bill Clinton) escapou, por pouco, do mesmo destino, apenas porque mentiu ao negar que cobrara “serviços extraordinários” de uma estagiária da Casa Branca, tal qual Palocci negou freqüentar a “República de Ribeirão Preto” de Brasília.
► Quinta feira (25/04) houve um momento de frisson na platéia que assistia ao lançamento de mais uma edição da Revista do Instituto Histórico da Câmara. Foi quando a museóloga Tânia Amaro, no meio da cerimônia, abriu um parêntesis para anunciar a presença da Secretária de Cultura, Carmem Gonzales, que a maioria dos presentes não conhecia pessoalmente. Foi sua primeira aparição pública depois do fiasco que foi a abertura da “Semana da Baixada”, no Centro Cultura da Praça do Pacificador, evento promovido por sua Secretaria e onde havia apenas SEIS PESSOAS, inclusive a conferencista.
► Outras presenças importantes na cerimônia de quinta-feira no Instituto Histórico Vereador Thomé Barreto, da Câmara de Vereadores, foram: professo Stélio Lacerda, ex-Secretário de Educação e criador do Departamento que se transformou na Secretaria de Cultura de Duque de Caxias, o professor e historiador Gênesis Torres, atual Secretário de Cultura de S. João de Meriti, e os pesquisadores Guilherme Peres e Rogério Torres, dirigentes do IPAHB - Instituto de Pesquisas Aplicadas e Históricas da Baixada Fluminense, um verdadeiro “Quilombo da Cultura” que funciona há mais de 10 anos naquele município, mas estava ameaçado de despejo pela própria Prefeitura.
► Tudo indica que o ex-vereador Laury Villar jogou a toalha e não vai mais disputar uma cadeira de deputado federal pelo PFL de César Maia, engajando-se, novamente, no grupo do ex-prefeito Zito que, assim, terá um cabo eleitoral de peso em sua tentativa de ser o deputado estadual mais votado em outubro próximo, posição que lhe garantiria credenciais para presidir a ALERJ em 2007. De quebra, a desistência de Laury ajudará a viabilizar a eleição da hoje deputada estadual Andréia Zito, que tentará uma vaga em Brasília em dobradinha com o pai.
► Depois da reconciliação afetiva e política com a ex-prefeita de Magé, Narriman (Felicidade) Zito, que ameaçava sair candidata à deputada estadual, esta é a segunda desistência que reforça o cacife político do ex-prefeito, cuja meta é voltar a comandar a segunda cidade em importância econômica do Estado do Rio em 2008. Para isso ele conta, também e principalmente, com os erros e omissões do seu ex-vice-prefeito, Washington Reis.
► Os observadores consideram que Garotinho foi atacado pela “Síndrome de Lula”, uma doença de fundo neurótico, que se caracteriza pela dificuldade de percepção da realidade em volta. A doença foi descoberta logo depois que o ex-deputado Roberto Jéferson denunciou a existência de um esquema de pagamento de apoio aos parlamentares que votassem com o governo em projetos ditos polêmicos, como mudanças na aposentadoria, na CLT, no salário-mínimo e no Orçamento a União. O deputado, depois cassado pela Câmara, batizara o novo sistema de cooptação política de mensalão.
► No caso do ex-governador, ele diz que cabe a Da. Rosinha Garotinho, governadora, esclarecer os problemas envolvendo as empresas prestadoras de serviço ao Estado, que contribuíram com R$ 650 mil para a pré-campanha do presidente do PMDB-RJ. Já a governadora disse que não sabia que uma das empresas doadoras pertencia a um assaltante a mão armada, que cumpre pena num presídio do Rio, muito menos que uma das ONGs contratadas pelo Governo para fornecer mão de obra para hospitais e outros órgãos, fora condenada em 2001 por desvio de verbas.